A CORRIDA PELA PAZ
O ensinamento de que deveríamos tratar os outros tal como gostaríamos de ser tratados, uma ética repetida de várias maneiras em todas as grandes religiões, apoia esta última observação em dois aspectos particulares: resume a atitude moral, o aspecto promotor da paz que emana dessas religiões, independentemente do lugar ou da época em que tiveram a sua origem; e implica também um aspecto de unidade que é a sua virtude essencial, uma virtude que a humanidade, com a sua visão fragmentada da História, não tem podido apreciar.
Por que razão, num mundo sujeito à lei imutável da transformação e da decadência, deveriam ficar isentos da deterioração que há necessariamente de alcançar todas as instituições humanas? Afinal, a única finalidade das normas jurídicas, das teorias políticas e econômicas, é a salvaguarda dos interesses da humanidade em seu todo - e não é a humanidade que deve ser crucificada para a preservação da integridade de qualquer lei ou doutrina particular".
A emancipação da mulher - a concretização da plena igualdade entre os sexos - é um dos pré requisitos mais importantes, embora dos menos reconhecidos, para o estabelecimento da paz. A negação dessa igualdade perpetra uma injustiça contra metade da população do mundo, e promove entre os homens atitudes e hábitos nocivos que são transportados do ambiente familiar para o local de trabalho, para a vida política, e, em última análise, para a esfera das relações internacionais. Não existem quaisquer fundamentos morais, práticos ou biológicos que justifiquem essa privação. Só quando as mulheres forem bem recebidas em todos os campos de atividade humana, em condições de igualdade, é que se criará o clima moral e psicológico do qual poderá emergir a paz internacional.
A emancipação da mulher - a concretização da plena igualdade entre os sexos - é um dos pré requisitos mais importantes, embora dos menos reconhecidos, para o estabelecimento da paz. A negação dessa igualdade perpetra uma injustiça contra metade da população do mundo, e promove entre os homens atitudes e hábitos nocivos que são transportados do ambiente familiar para o local de trabalho, para a vida política, e, em última análise, para a esfera das relações internacionais. Não existem quaisquer fundamentos morais, práticos ou biológicos que justifiquem essa privação. Só quando as mulheres forem bem recebidas em todos os campos de atividade humana, em condições de igualdade, é que se criará o clima moral e psicológico do qual poderá emergir a paz internacional.
Afinal, a ignorância é indiscutivelmente a principal razão para o declínio e a queda dos povos, e para a perpetuação dos preconceitos.
Nenhuma nação pode ter pleno êxito e se considerar realizada enquanto não facultar meios de ensino a todos os seus cidadãos. A escassez de recursos com que se debatem muitos países limita a sua capacidade de satisfazer essa necessidade, o que impõe uma certa ordenação de prioridades. Os órgãos e entidades decisórias envolvidas fariam bem em atribuir prioridades à educação das mulheres e das jovens, dado que é por intermédio de mães educadas que os benefícios do conhecimento podem ser mais rápida e eficazmente difundidos através das sociedades. Atendendo aos imperativos dos nossos dias, deveria também se dada atenção ao ensino do conceito de cidadania mundial, como elemento integral da educação normal de cada criança.
Porque, essencialmente, a paz advém de um estado interior apoiado por uma atitude espiritual ou moral, e é principalmente através da evocação dessa atitude que se pode chegar
Porque, essencialmente, a paz advém de um estado interior apoiado por uma atitude espiritual ou moral, e é principalmente através da evocação dessa atitude que se pode chegar
A aceitação da unidade da humanidade é o pré requisito fundamental para a reorganização e a administração do mundo como um só país - como o lar da humanidade. A aceitação universal deste princípio espiritual é essencial para o êxito de qualquer tentativa de estabelecer a paz mundial. Deveria, portanto, ser universalmente proclamado, ensinado nas escolas, e constantemente reafirmado em todas as nações como preparação para a transformação orgânica da estrutura da sociedade que isso implica à possibi"Haverá de chegar o tempo em que a necessidade imperiosa da convocação de uma vasta e ampla assembléia de homens será universalmente percebida. Os governantes e os reis da terra terão de tomar parte dela, e, participando nas suas deliberações, deverão considerar métodos e meios capazes de assentar os fundamentos para a Paz Maior, mundial, entre os homens".
A coragem, a determinação, a pureza de motivos e o amor desinteressado de um povo por outro - todas as qualidades espirituais e morais necessárias para a efetivação desse passo supremamente importante em direção à paz - estão concentradas sobre a vontade de agir. E é no sentido de despertar a vontade necessária que é preciso proceder a um exame sério da realidade do homem, isto é, do seu pensar.
Compreender a relevância desta potente realidade é também possibilidade de soluções duradouras. A maturidade do dom do entendimento é manifestada através da consulta".
A própria tentativa de alcançar a paz mediante a ação consultiva pode produzir um espírito tão salutar entre os povos da Terra, que nenhum poder se oporia.
A falta de unidade é um risco que as nações e os povos da Terra já não podem mais suportar; as conseqüências são demasiado terríveis para poderem ser contempladas, demasiado óbvias para requererem qualquer demonstração. Um mundo em amadurecimento deve abandonar esse fetiche, reconhecer a unidade e a universalidade das relações humanas, e estabelecer de uma vez por todas o mecanismo que melhor possa concretizar este princípio fundamental da sua vida".
Todas as forças de transformação contemporânea confirmam este ponto de vista. As provas podem ser discernidas nos numerosos exemplos já mencionados acerca.
Todas as forças de transformação contemporânea confirmam este ponto de vista. As provas podem ser discernidas nos numerosos exemplos já mencionados acerca.
Possuímos a firme convicção de que todos os seres humanos foram criados "para levar avante uma civilização em constante evolução"; de que
"agir como os animais do campo é indigno dos homens"; de que as virtudes dignas da condição humana são a honestidade, a indulgência, a misericórdia, a compaixão, a bondade e o amor para com todos os povos. Reafirmamos a crença de que as potencialidades inerentes à condição do homem, a plena medida do seu destino sobre a terra, a excelência inata da sua realidade, têm todas de ser manifestadas neste prometido Dia de Deus.
São estes os motivos da nossa fé inabalável de que a unidade e paz são a meta alcançável em direção à qual a humanidade se esforça.
No momento em que se escrevem estas palavras, podem ouvir-se as vozes mais consultada. Assim, comunicamo-vos não apenas uma visão composta de palavras: invocamos o poder de atos de fé e sacrifício; comunicamos o apelo ansioso de paz e de unidade de todos os nossos companheiros de Fé em todo o mundo. (Jesus Cristo > “ Pai ! Fazei que eles sejam UM, perfeitos em Unidade.”) Bem mais tarde: J.Lenon > “ Espero que algum dia você se junte a nós e o mundo será UM.”)
Solidarizamo-nos com todos os que são vítimas de agressão, todos os que anseiam pelo fim dos conflitos e das discórdias, todos aqueles cuja devoção a princípios de paz e de ordem mundial promove os fins enobrecedores para os quais a humanidade foi chamada à existência por um Criador que é todo amor o final triunfante.